terça-feira, 3 de novembro de 2009

Trilhas Sonoras de Verões



Hoje, 31 de outubro, em mais uma tarde chuvosa (ha 5ª esta semana), cansado de ficar em casa, trancado em meu quarto, resolvi olhar os mais de 4.000 CDs que tenho. Entre os que escolhi para ouvir, após muito tempo foi: Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão da Marisa Monte. Foi uma viagem, pois relembrei a minha trilha sonora e da minha galera no verão de 1994. Naquela época, eu tinha um grupo de amigos que passávamos pelo menos 15 dias, somente nós, sem pais, na casa de praia dos meus amados progenitores. Depois destes 15 dias, cada um viajava com sua família ou com outro grupo de amigos, mas estes dias eram sagrados para todos nós.
Muito estranho isso para minha cabeça, hoje, devido minha opção, diferente dos amigos daquela época, sou solteiro, sem filhos e o pior, com espírito de adolescente eterno, graças ao meu signo de nascimento, sou Ariano e uma de nossas particularidades é esta: Eterno adolescente! Estranho, pois atualmente, não tenho mais um grupo para viajar, e muito menos para ter trilhas sonoras, que após seis meses e não 15 anos sejam dignas de serem relembradas. Nos dias atuais, se viajasse com o grupo de “amigos”, será que passaria todo o verão estressado como nas “festinhas da galera” que freqüento todas as semanas? Com certeza sim, já que a trilha deles é somente funk, forró universitário e as novas duplas “sertanejas”...
Ai, terrível, isso tudo, pois as trilhas sonoras da galera de minha geração eram: Marisa Monte, Marina Lima, Edson Cordeiro, Titãs, Paralamas, Skank, Legião, Kid Abelha & Os Aboboras Selvagens, Lulu Santos, INXS, Sade, Seal, Cássia Eller, Des’ree, A-Há... Muita gente boa...
Hoje, seria difícil, em minha opinião, ter uma trilha sonora deste nível em uma temporada de verão. A trilha com certeza teria: cerol na mão, tchuchuca(é assim que escreve?), gostaria de dar mais exemplos de nomes, ou seja de algum outro funk, mas não sei, apesar de ser obrigado a ouvir estas trilhas sonoras nas atuais festinhas que freqüento, não sou obrigado a saber suas denominações...
Uma pena que eles nem para ler tem paciência, pois se tivessem, poderiam  tentar criar uma trilha sonora para os verões que poderiam ser relembradas daqui um, cinco, dez ou vinte anos. Mas nem isso poderão, já que só compram CD pirata... Os meus 4.000 e poucos são originais e são de músicas que serão eternas e não da “moda” e aquelas que jamais serão eternizadas. Já tenho uns aninhos e estas birrinhas que rolam nas festinhas comigo, já tive na época da lambada e dos pagodeiros... Isso pelo menos me alivia, já que sei e tenho certeza, que estas musicas são Nuvens passageiras...



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